quinta-feira, dezembro 31, 2009

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Escolha errada ...


Após duas ou três tentativas sem êxito para ler Saramago, tinha prometido a mim mesma nunca mais comprar um livro às cegas, isto é, sem ler pelo menos o resumo, tendo por base apenas a fama do autor.

Já há 2 ou 3 anos atrás tinha folheado "As Naus", um dos livros de António Lobo Antunes que o meu filho na época andava a ler, mas nem com a maior das boas vontades consegui ir além de meia dúzia de páginas. Senti-me frustrada e pior fiquei quando o ouvi opinar, talvez para me afrontar, que o autor era talvez o melhor escritor contemporâneo.


Há dias, fui com a minha amiga africana a uma livraria e depois de hesitar entre "Fúria Divina" de José Rodrigues dos Santos e "O Símbolo Perdido" de Brown Dan, acabei por sair da loja com o último livro de Lobo Antunes.

Péssima escolha! Talvez dentro de alguns anos, tendo em conta que se crê que a idade nos torne mais lúcidos, ponderados e pacientes, eu me aventure um pouco mais, mas por enquanto a minha paciência, ou falta dela, não me permite ir muito longe. De momento não me sinto minimamente atraída por este tipo de leitura. Talvez mais tarde...



sábado, dezembro 19, 2009

Feliz Natal 2009


Finalmente parei de resistir e aderi à tradição.

Para isso muito contribuiu o meu Amigo Zé do cão, que me vinha incentivando há dias e me contagia com a sua boa disposição e optimismo.

Para ajudar, lembrei-me da garrafinha com que me presenteou no Natal passado e um cálice do precioso líquido devolveu-me o ânimo e a vontade de meter mãos à obra.

Fui à despensa, limpei as teias de aranha, desembrulhei o necessário para enfeitar a árvore, acabando ainda por espalhar um pouco de cor por toda a casa.



Azar teve o menino do coro, aqui em pormenor, a quem a Pascoalita trapalhona partiu uma asa. Mas isso não o impediu de desempenhar o seu papel, continuando alegremente agarrado à sua harpa eheheh






Também este lindo boneco de neve, que parece ter cruzado com um "canguru", tem um papel importante neste Natal! Imaginem que apanhou o Pai Natal a dormir, despiu-lhe uma meia, recheou-a de presentes e veio visitar-me eheheh

Já tinha ouvido dizer as coisas incríveis que se podem esconder numa meia ou numa bota, mas se eu contasse o que esta continha, ficariam tão ou mais surpreendidos eheheh


E é claro que não há decoração de Natal perfeita, sem a figura principal. O ar de "mendigo" do Pai Natal deve-se à actual crise, que o obrigou a empenhar o capote e pelo rumo que as coisas levam, é bem provável que tenha de vender também a última rena que lhe resta e talvez até acabe a mendigar pelas ruas eheheh

Desejo a todos ...

Boas Festas e Santo Natal


quarta-feira, dezembro 16, 2009

Um Presépio ...

Na etiqueta lia-se "presépio", mas a mim parece-me mais uma réplica da "sagrada família".

E um "Santo António" minorca, que mais parece um menino carregando o irmão mais novo ao colo, que também está fora de contexto, mas já que passaram praticamente 1 ano lado a lado, em cima do móvel da sala, não fazia sentido separa-los agora eheheheh


O registo tem por objectivo mentalizar-me, ou melhor dizendo deixar-me contagiar, render-me finalmente ao "síndroma" a que chamam "espírito natalício" ... o primeiro passo está dado.
Boas Festas !!!

quinta-feira, dezembro 10, 2009

O Natal da minha infância

Texto com que participei na Blogagem colectiva de Dezembro, na Aldeia da minha vida, promovido pelas meninas Helena e Susana, cujo tema é "O Natal na Minha Terra".

No tempo em que o Natal era quase exclusivamente de cariz religioso, mal chegava o mês de Dezembro, fazia-se uma pausa na catequese e, orientadas por catequistas e pelo Padre da paróquia, as crianças organizavam grupos aos quais eram atribuídas funções que cumpriam com entusiasmo e devoção.

Uns apanhavam o musgo, outros davam início à montagem do presépio, o qual invariavelmente ocupava sempre o espaço entre o altar de Santa Teresinha e uma das portas laterais da igreja, em frente ao púlpito. A iluminação ficava sempre a cargo do ti Manuel sacristão. O espaço era forrado com tecido macio sobre o qual se dispunha o musgo. Do velho caixote de madeira retiravam-se as pequenas figuras, cuidadosamente embrulhadas e guardadas de ano para ano. Cada figura ocupava um lugar próprio e por fim o senhor padre depositava a imagem do "menino jesus" sobre as palhinhas e o presépio ficava pronto.


(Foto da net)

No dia de consoada faziam-se as filhós, as quais eram estendidas num pano branco, colocado sobre os joelhos, fritas à lareira e depois colocadas a escorrer e num cesto forrado com um pano de linho e polvilhadas com açúcar.

Finalmente chegava o momento mais emocionante. À noite, as crianças colocavam o sapatinho junto da lareira e recolhiam ao quarto, tentando manter-se acordadas na esperança de ouvir o "menino Jesus" descer pela chaminé e depositar o tão almejado presente, que se resumia a um simples par de meias ou um par de tamancos novos.

E era assim, na minha infância, o Natal na minha terra.

sábado, dezembro 05, 2009

O que estou a ler ...


Nunca tinha lido nada deste autor, mas estou a gostar bastante. É o meu género de leitura preferido ...
O tipo de livro que em tempo de férias seria capaz de ler do princípio ao fim sem interrupções.
Presentemente apenas dedicado alguns minutos por dia à leitura.



Sinopse:

O ousado sequestro do Jumbo que transporta os mais ilustres representantes da medicina mundial - a culminar uma operação meticulosamente planeada e executada - provoca uma completa reviravolta na carreira e na vida sentimental do general Peter Stride, responsável pelo Comando Thor, a unidade anti-terrorista de elite criada pelos governos britânico e norte-americano.

Dilacerado pelo confronto entre as suas convicções íntimas e as brutais regras do jogo em que se vê envolvido, o general Stride descobre, de surpresa em surpresa, o poder tentacular e gigantesco do "Califa", nome de código da misteriosa figura que, na sombra, dirige a mais sinistra das organizações ...

Ao ser atraído para o centro de uma labiríntica rede mundial de terrorismo, Peter Stride sabe que não pode confiar em ninguém ... nem mesmo na sedutora condessa Magda Altmann, que lhe desperta uma paixão sem limites. Para concretizar a sua arriscada missão, ele terá de ser, ao mesmo tempo, caçador e presa ...


terça-feira, dezembro 01, 2009

Dia dos sagitários ...


O título podia muito bem ser "O Aniversariante Ausente" e passo a explicar porquê :

O meu caçula fez ontem 24 anos e hoje é o dia de aniversário do pai, portanto, um agregado familiar composto por 2 sagitarianos, 1 escorpião e 1 carneiro (imagine-se a confusão à mesma mesa eheheh)



Nesta data, é costume irmos os almoçar fora e à semelhança de outros anos, optámos pelo restaurante típico Bom Leitão, na zona de Loures, onde somos sempre super bem servidos e é também aqui que costumo encomendar o leitão (à moda da Bairrada) da ceia de Natal.



Porém, um compromisso de trabalho impediu o sagitariano mais novo de ocupar o seu lugar à mesa, mas é claro que também teve direito à sua dose, só que ao jantar.

segunda-feira, novembro 30, 2009

Estrelicias

A foto já tem algum tempo. As estrelícias já secaram e voltaram a florir, os "rapazinhos" (estas flores rasteirinhas a que eu chamo "rapariguinhas", uma vez que são cor de rosa eheheh) e os lírios obviamente também desapareceram, deixando os canteiros um pouco mais cinzentos ... afinal estamos no Outono!


quarta-feira, novembro 25, 2009

Voltei à escola ...


Como é do conhecimento geral, o mundo está em permanente mudança e as novas tecnologias exigem uma constante actualização, pelo que de vez em quando as chefias dão-nos "Guia de marcha" libertando-nos das habituais funções, e durante um curto período, tentam reciclar informação obsoleta e tornar-nos aptos a usar novas aplicações.

Desta vez trata-se de adquirir mais alguns conhecimentos sobre o Excel, programa com o qual estou pouco familiarizada.



Como diz o ditado popular, "burra velha não aprende línguas" e para complicar um pouco as coisas, recebo aulas sobre o "Excel 2003" quando, em casa, já possuo a versão "Excel 2007"

Mas ali é tudo tão relaxante, que é facílimo abstrair-me das resmas de trabalho que me aguardam na chafarica, pelo que posso afirmar que estou a gozar umas "mini-férias" eheheh



domingo, novembro 22, 2009

"As escolhas de Pascoalita"

Ontem fui às compras!

O meu Samsung tem 3 anos e, embora continue operacional, precisa urgentemente de novo teclado. Mas como impaciente que sou, antes de tentar averiguar se tal é viável, decidi substituí-lo pelo seu irmão mais novo eheheh


Confesso que a minha preferência ia para o iPhone, mas dado que só encontrei bloqueados por operadores diferentes do que uso e os livres de operador, além de caríssimos estão esgotados apesar da crise económica que o país atravessa, optei pelo seu concorrente, o Samsung Omnia:







E como se aproxima o Natal e já que estava na loja, aproveitei para trazer esta câmara vídeo da Sony para registar futuras passeatas eheheh






Juntei mais lguns artigos que faziam falta e, como a factura já estava pesada, ainda não foi desta que incluí no "carrinho de compras" a tão almejada "máquina de café Nespress", até porque a minha velha Krups expresso continua a fornecer-me um excelente café.


E depois de tanta publicidade, bem merecia um bónus das respectivas marcas, não?!! Pois o gerente da loja foi muito simpático e ofereceu-me esta bonita bolsa de transporte Lowepro (que eu escolhi, obviamente eheheh):

domingo, novembro 15, 2009

Passando o tempo ...

Em dias invernosos, de céu cinzento e horizonte farrusco, sabe-me bem enroscar-me no sofá a ver um bom filme. Porém, hoje escolhi algo mais fútil para passar o tempo eheheh



Quem me acompanha num jogo de Solitaire?

terça-feira, novembro 10, 2009

Falando sobre o Magusto

Aproxima-se o dia de S. Martinho e, como não podia deixar de ser, na Aldeia da minha Vida fala-se do tradicional Magusto ...

Falar de castanhas é recordar o Padre Eduardo, o melhor cristão que já conheci, pároco da aldeia beirã do Concelho de Trancoso, onde nasci e vivi a infância.

Das tias herdou um grande soito, situado no cimo de um monte, contíguo ao campo de futebol, cujo terreno ele cedera, proporcionando enorme alegria à rapaziada local.

Mal os ouriços começavam a sorrir, o Toninho, seu protegido desde que ficara orfão em criança, montava guarda ao soito e por lá passava os dias apanhando a castanha. Por altura do S. Martinho, o padre Eduardo reunia um grupo de crianças e em conjunto faziam a caminhada enquanto iam rezavam o terço, monte acima. Lá chegados, enquanto alguns ajudavam na apanha da castanha, os outros juntavam caruma e pequenos troncos que recolhiam no pinhal próximo e em grande animação acendiam a fogueira para o magusto. No fim do dia, os voluntários carregavam o saco com as castanhas que sobravam e fazia-se o caminho de regresso ao som de mais umas "Avé Marias".

No Departamento onde trabalho comemoramos o S. Martinho com um magusto reforçado, que inclui: Castanhas vindas directamente do produtor da zona da Guarda ou Viseu; jeropiga caseira da Beira Alta e Minho; presunto de Chaves ou da Mêda; chouriço de Arouca ou Alentejo; queijo de ovelha de Celorico da Beira e Castelo Branco; Água pé clandestina oriunda de um tasco, cujo nome não revelo nem à lei da bala e uma ou duas sobremesas (receita das ninas do grupo pascoalita e africana).

Mas agora me lembro que temos o S. Martinho à porta ... vou deitar o olho ao saco e ver o que temos para o magusto deste ano eheheh


domingo, novembro 01, 2009

Dia do "Pão por Deus"


A tradição já não é o que era ...

O tradicional corrupio de crianças que neste dia, que em grupo, durante toda a manhã me batiam à porta pedindo o "pão por Deus" parece ter os dias contados.

por outro lado, miúdos e graúdos parecem mais interessados em aderir ao culto do "dia de halloween", mais uma importação sabe-se lá de que canto do mundo, que em Portugal vai ganhando terreno em detrimento das nossas tradições.

O meu hortelão tinha comprado umas guloseimas ... preparei apenas estes 6 pequenos sacos à espera dos gaiatos e nem um único apareceu.



sexta-feira, outubro 30, 2009

Natal é quando eu quiser!!!


Para quem não conhece, estas são as famosas couves "tronchudas" que todos os anos o meu "hortelão" cultiva para a ceia de Natal.

Zela pela horta que nem guardião de tesouro e como hoje almocei em casa, lembrei-me que uma couve vinha mesmo a calhar para acompanhar o cherne grelhado.

Bem, quase tive de implorar de joelhos para me ceder um repolhito minúsculo eheheh

- Hoje apetece-me um repolho! Disse eu.
-Não, são para o Natal. Respondeu-me.

- Ora essa! Então o Natal não é quando a gente quiser ??? ehheh


segunda-feira, outubro 26, 2009

Compostagem doméstica

Há já algum tempo que andava a magicar nisto! Possuo um quintal com cerca de 700m2 de terreno de cultivo e alguns canteiros e há que juntar o útil ao agradável. Ao mesmo tempo que o "lixo orgânico" se transforma em matéria fertilizante, o humus, estamos a preservar o ambiente.

É um processo a que as populações começam a aderir, havendo Câmaras que tentam sensibilizar e incentivar as populações para o problema ambiental, distribuindo gratuitamente compostores pelos seus munícipes.
No meu caso, ainda contactei a Câmara de Mafra, mas limitaram-se a indicar-me 2 revendedores da zona. E se quis ir em frente com a ideia, tive de desembolsar 145€ neste exemplar com a capacidade de 300 litros, sem direito a "manual de instruções" em português.



Para saber mais sobre "Compostagem" e tudo o que tenha a ver com ambiente, fica aqui o site da Valorlis, o melhor que encontrei sobre o assunto.

domingo, outubro 18, 2009

Cuidando do esqueleto

Quer-me cá parecer que a minha "Negrita" presta mais atenção do que eu aos conselhos daqueles técnicos de saúde que defendem o uso de colchões bem duros para uma correcta postura durante o sono.

Nos últimos dias tem experimentado vários poisos e por este andar ainda acabo por lhe comprar um "colchão articulado" eheheh


sábado, outubro 10, 2009

Blogagem Colectiva "Na minha terra come-se bem"

Texto com que participei na "Blogagem Colectiva" promovida pela Susana Falhas do Blogue Aldeia da minha vida sobre o tema: "na minha terra come-se bem":

Grelos à pobre"

Na tentativa de escrever sobre gastronomia da minha terra natal, na Beira interior, Concelho de Trancoso, subi ao sótão e remexi no baú das minhas recordações.

Mas para além do excelente pão (mistura de centeio e trigo) que a minha mãe cozia uma vez por semana, do rancho melhorado aos Domingos que quase sempre se traduzia num prato de arroz com feijão cujo agradável sabor ainda guardo na memória, das batatas cozidas com ovos ou bacalhau e da enorme terrina onde nunca faltava sardinha ou chicharro de escabeche, pouco mais há a dizer, a menos que contasse o episódio em que estando na aldeia de férias, me fechei na adega a comer pão com azeitonas e a certa altura tentando encher a enézima malga delas, mergulhei dentro da tina e quase morria afogada eheheh

Mas a gastronomia beirã é muito rica e variada e bastante apreciada e, apesar das minhas curtas estadias, sempre que vou até lá delicio-me com os pratos da região, tanto em restaurantes durante a viagem, como os pratos preparados pela minha sogra, em Marialva, concelho de Mêda.

O cabrito assado em forno de lenha, o famoso coelho bravo na região da Mêda, o excelente queijo de ovelha de Celorico da Beira e arredores, o saboroso presunto, os enchidos, o requeijão feito com o soro que resta após a manufactura do queijo e os vinhos, são apenas alguns exemplos.

Mas porque são as coisas mais simples que quase sempre nos dão mais prazer, uma das iguarias beirãs que mais aprecio e que aprendi a fazer já adulta, com o meu marido, são os "grelos à pobre", um prato que segundo dizem os mais velhos, constituía num passado não muito longínquo, a única refeição diária das famílias da aldeia. Servem-se acompanhados de farinheiro ou moiro cozidos e tostados na sertã e/ou torresmos.


(Imagem da Net)

Ingredientes:

1 molho de grelos de nabo
3 batatas médias
400g de entremeada c/2 dias de sal
1 farinheiro tenro
2 dentes de alho

Modo de fazer:

Arranjam-se os grelos, cortam-se em pedaços de cerca de 3 cm e levam-se a cozer em água abundante c/sal.
Num tacho à parte coze-se o farinheiro (ou moiro) e num outro as batatas. Depois dos grelos cozidos, escorrem-se e bem. Esmagam-se as batatas (com um garfo), junta-se aos grelos e envolve-se tudo. Corta-se o toucinho em tiras, colocam-se numa "sertã" e levam-se ao lume a fritar lentamente, virando de vez em quando até ficarem secos e libertarem toda a gordura. Retiram-se, deixam-se escorrer junta-se os dentes de alho esmagados à banha da fritura e deixam-se alourar. Regam-se os grelos com a banha ainda quente., envolve-se tudo e serve-se com o farinheiro ou moiro e os torresmos.
Bom apetite



domingo, setembro 27, 2009

Alcainça em festa (parte II)


Finalmente tive oportunidade de visitar a Igreja Matriz de Alcainça, uma bonita obra do século XVII com muito interesse histórico que devido aos frequentes actos de vandalismo que ocorrem por todo o país, se encontra sempre encerrada, mantendo-se aberta apenas enquanto decorrem as cerimónias religiosas.





A capela do Espírito Santo, com o bonito portal manuelino, fica situada a escassos metros da igreja e pela mesma razão também se mantém sempre fechada.






Estava de passagem, após ter exercido o meu direito de voto e fiz um desvio passando no largo da igreja, onde algumas dezenas de pessoas se reuniam para assistir à missa, que hoje foi campal, dado que a pequena igreja em dias de festa se revela insuficiente para albergar todos os fieis.

No interior da igreja, enquanto decorriam os últimos preparativos para a cerimónia, captei algumas imagens. Não havia tempo a perder, pois a porta ficaria fechada.


















sábado, setembro 26, 2009

Alcainça em festa


Não, não tem a ver com as eleições em curso, até porque é cedo demais para deitar foguetes e eles já estoiram no ar.


Trata-se da festa em honra de S. Miguel de Alcaínça, uma freguesia do concelho de Mafra, que ocorre todos os anos no mês de Setembro e cujos festejos tiveram ontem início e se prolongarão até à próxima Terça Feira, dia 29.
O programa parece aliciante, mas não costumo participar, apenas contribuo e com pouca vontade com um pequeno donativo, porque mordomos, e organizadores da carmesse, nunca se esquecem de bater à minha porta.


E este ano o mês de Setembro é duplamente festivo, sendo ainda visíveis os cartazes alusivos à recente passagem do círio da senhora da Nazaré, a caminho da vizinha freguesia da Igreja Nova, onde permanecerá até ao próximo ano.











Mas quando amanhã chegar a hora da contagem dos votos, S. Miguel terá de ter paciência e espírito de partilha, porque nem todos os foguetes que ouvirmos estalar, serão em sua honra eheheh

sexta-feira, setembro 25, 2009

Votar ou não votar

Entendo que as pessoas tenham esgotado a paciência, que afirmem ter deixado de acreditar nas boas intençõs dos politicos e deixem a outros a decisão de escolha. Também eu me tenho sentido tentada a agir assim.

Mas embora não esteja convicta de fazer agora a escolha certa, de uma coisa tenho a certeza:

Sei o que não quero! E não quero continuar a ser (des)governada por quem não escolhi, mas a quem, pela minha inércia, cedi o comando do barco cujo rumo me conduz irrefutavelmente ao naufrágio certo.
Ó pra mim, no próximo Domingo, cumprindo o dever cívico eheheh


(desviei a imagem daqui ... espero que o dono não me processe eheheh)


domingo, setembro 20, 2009

Felizes para sempre ...





Era um Sábado, dia 20 de Setembro de 1975. Numa bonita igreja rodeada de ruínas do velho castelo, pouco mais de 3 dezenas de convidados reuniram-se com os noivos para assistir à modesta cerimónia e todos ouviram as palavras do pároco:

- "O que Deus uniu o homem não separa" ..."ide em paz e sede felizes"

Uma voz quase imperceptível acrescentou: - "para sempre" e mais alguém murmurou: - "e tenham muitos meninos" eheheh

A "princesa", na sua rebeldia e malicia, esboçou um sorriso maroto prometendo a si própria que pelo menos essa parte da história não se cumpriria.
E quanto ao resto, logo se veria, mas não tinha ilusões: Bem sabia que "nada duraria para sempre".

terça-feira, setembro 15, 2009

Fechado em casa

Um texto da Laura de réstea de sol sobre um conjunto de "chaves" e o recente aniversário do meu mano trouxeram-me à memória uma (hi)estória engraçada que envolve chaves, ou antes a ausência delas, uma cena que certamente ele há muito esqueceu, mas a mim ainda hoje faz rir (e não rimos todos nós do mal? ahahahah)

Apesar do meu irmão Carlos não ser o mais próximo de mim no grupo de 6 irmãos, separando-nos 5 anos de idade, mantivemos sempre uma relação de partilha e cumplicidade, sendo ainda hoje aquele a quem me liga o maior laço afectivo.

A sua imagem nas memórias da minha infância é muito ténue, mas há um pormenor que mantenho vivo e que tem a ver com a alcunha que nós, os irmãos, atribuíamos uns aos outros, tendo no caso aproveitado um desabafo da mãe que certo dia proferiu a seguinte frase:

- "Este miúdo é tão magrinho que nem cu tem"! E pronto, entre nós passou a ser "o sem cu" eheheh


Os nossos pais mantiveram-se na aldeia, mas eu e 2 dos meus irmãos viemos muito cedo para a capital e por cá nos orientámos. Sem progenitores por perto e como irmã mais velha, entretanto casada, era em minha casa que passavam alguns dos fins de semana livres, assim como foi com o meu apoio que contaram quando chegou a hora de cumprir o serviço militar obrigatório.


Uma das vezes em que o meu irmão ficou lá em casa, na Segunda Feira saí cedo como habitualmente, deixando-o ainda a dormir, pois só iniciava o trabalho às das 11 horas. A ideia era ele deixar a porta no trinco quando saísse, como era hábito.

A meio da manhã recebo um telefonema de uma vizinha dizendo que o moço estava fechado em casa!Eu tinha simplesmente fechado a porta à chave e ele não tinha como sair do 6º andar (ainda não tinham inventado o "red bull" eheheh)

O coitado tinha-se visto grego para me fazer chegar o recado! Colocara-se de plantão à janela, que nem "carochinha à espera do João Ratão" na esperança que alguma vizinha saisse ou entrasse pelas traseiras, para onde dava a janela do seu quarto, para mandar recado, dado que nessa altura eu não tinha telefone em casa.

Claro que 5 minutos depois o rapaz foi libertado, pois a minha madrinha que morava no 7º andar sempre teve chave da minha casa e lá resolveu a situação ahahah

Mas durante algum tempo ambos rimos da cena caricata.


Parabéns, mano Carlos

Embora tardiamente, não quis deixar de assinalar aqui a data.

É muito raro esquecer um aniversário ou uma data especial, mas por descuido ou falha nas comunicações, nem sempre me é possível felicitar o aniversariante atempadamente.

E foi assim este ano ... só ontem dei os parabéns ao meu irmão Carlos, que completou meio século no passado dia 13! E como ele só festeja décadas, faço votos para que some mais algumas, com saúde, e mantenha sempre a extraordinária disposição que lhe é peculiar eheheh


domingo, setembro 13, 2009

Maçã reineta

E enquanto aguardamos que as uvas estejam no ponto, hoje foi dia do meu hortelão se virar para a maça reineta. Apareceu-me de caixa na mão e lá ouvi o ultimato do costume:

- Vê lá se amanhã levas maças aos teus colegas eheheheh



quinta-feira, setembro 10, 2009

Blogagem Colectiva "Vindimas e Vinhos"

Hoje publico o texto com que participei na "Blogagem Colectiva" promovida por Susana Falhas do Blogue Aldeia na Minha Vida.
Para ler todos os textos dos participantes, comentar e votar, é
Aqui.

Memórias ligadas à vinha

As vindimas de que tenho lembrança remontam aos últimos anos da década de 60 do século passado, quando eu era ainda criança com 10 ou 11 anos de idade e já integrava um grupo de trabalhadores da aldeia, e durante um dia inteiro, colhia os cachos e carregava à cabeça enormes cestos de vime cheios de uvas. Na minha aldeia, no Concelho de Trancoso, na Beira Alta, as vindimas tinham início em Setembro e por vezes prolongavam-se até Outubro.

Lembro-me do Sr Alberto, um respeitável feitor que tinha a seu cargo a tarefa de cuidar das vinhas, cujos donos moravam e exerciam a sua actividade profissional na capital, apenas se deslocando esporadicamente à aldeia onde permaneciam pouco tempo e raramente eram vistos.



O pessoal contratado, na maioria mulheres, juntava-se no adro da igreja, ou junto ao cruzeiro da aldeia e partiam em grupo, umas vezes a pé, outras numa carrinha de caixa aberta quando a vinha era mais distante, levando cada um o seu próprio farnel. A tarefa era desempenhada ao som de alegres canções populares e o tempo passava sem quase darmos conta.

Retrocedendo
a essa época, acabo por constatar que aquilo que é hoje considerado "exploração infantil", constituía para mim, e disso tinha plena consciência na altura, um dos poucos factores de alegria e realização pessoal. E bem me lembro da sensação de orgulho que sentia quando ao fim do dia me cruzava com meninas da minha idade que, por protecção paternal ou por terem sido preteridas pelo contratante, ficavam a brincar nas ruas da aldeia. E hoje, por mais estranho que possa parecer, sou capaz de afirmar que me sentia privilegiada por trabalhar.

O pisar das uvas e a prova do vinho mosto são lembranças que associo à casa de família quando os meus avós maternos ainda eram vivos, mas isso numa época tão longínqua que já quase se confunde com um sonho.

Muito mudou na minha vida desde então, mas as vindimas continuam a atrair gente às aldeias, o processo será menos artesanal, o ritual mais familiar, mas os actos de colher e pisar as uvas ainda são desempenhados em FESTA!

A última "vindima" em que participei foi há mais de 10 anos, quando troquei a cidade pelo campo, adquirindo uma moradia com quintal onde moro actualmente. Nesse ano o meu "aprendiz de hortelão" aventurou-se na experiência e um dia de "trabalho intenso" de 2 adultos e 2 crianças, rendeu:

- 15 litros de vinho tinto
- 10 litros de vinho branco
- 5 litros de jeropiga (tudo de excelente qualidade eheheh)


segunda-feira, setembro 07, 2009

Este Blogue é um sonho!!!

Sinceramente não costumo aderir a estas correntes. Primeiro pela dificuldade na escolha de uns Blogues em detrimento de outros, depois por falta de tempo.

Abro uma excepção para colocar aqui este amoroso SELO criado pelo Blogue O que move você de Yara Cassiano e tentarei seguir as regras que não são muito difíceis.


As regres são simples. A saber:

1 - Referir o blog que nos premiou
2 - Publicar a imagem
3 - Atribuir o prémio a dez blogueiros

E seguem-se os distinguidos:

aldeia da minha vida

alcatruzes da roda

coisa simples

cusca endiabrada

espaço do João

parvalheiras da maria

maria besuga

maquina de letras

paris cidade luz

pequeno quiproquo

Deixo também aqui o meu agradecimento pela nomeação à menina Milu, esse sim um Blogue criativo e muito acolhedor, que adoro visitar, embora por falta de tempo não o faça com a assiduidade que gostaria.


domingo, setembro 06, 2009

Bárbara mutilação

O que mostra a foto?

Um simples conjunto de fio e medalha em ouro, certo? Não, é um pouco mais do que isso. A bonita medalha em vitral, foi um presente que eu dei a mim própria por ocasião do nascimento do meu primeiro filho, há 28 anos, tendo por isso grande valor sentimental.

Já o fio tem uma história um pouco triste. Trata-se de um de quatro fragmentos a que foi sujeita uma bonita peça, um cordão com quase 100 anos que a minha sogrinha, contrariamente ao que eu sempre lhe sugeri, com a cumplicidade de um insensível ourives, cometeu a insensatez de o fragmentar, com o fim de presentear as noras, cabendo-me um pedaço de 50 cm.

Não imagino qual o valor comercial da peça, mas apesar de actualmente nem usar ouro, apenas pelo valor estimativo, cheguei a atribuir-lhe o valor de 1.000€ para manter o cordão intacto.

Sinceramente olhando para este pedaço de ouro aparentemente novo, chego a duvidar que o "intruja" tenha tido a coragem de mutilar tão bonita peça.




quinta-feira, setembro 03, 2009

Je suis malade


"Quando a cabeça não tem juízo ..." já dizia a minha mãe, muito antes do António Variações o apregoar aos 4 ventos.
A gente vai cometendo excessos, a vesícula vai dando sinais e não ligamos, até que um dia, é "dia santo" eheheh

Pois é, desde Segunda Feira que tentava resistir, mas ontem de manhã acabei por ficar no choco. Não se assustem com o termómetro, pois é apenas elemento decorativo e dá jeito para convencer a entidade patronal caso aqui meta o nariz. Além disso a minha "maleita" não ficaria registada num aparelhómetro tão simples. O problema é a outro nível, digamos que começa na cabeça e acaba nas unhas dos pés, mas não deve ser grave, nem contagioso ... conhecem o ditado "a erva ruim a geada não mata"? Mais 1 ou 2 dias de repouso e a chá e torradas e ficarei como nova eheheheh




quinta-feira, agosto 27, 2009

Mãe, cheguei !!!

- "Filhote, quando chegares manda um SMS para ficarmos descansados"!

Esta deve ser uma das frases mais comum que chega aos ouvidos dos filhos, sobretudo enquanto adolescentes. E não acho nenhum exagero nem sintomático da denominada patologia "mãe galinha" .

Mas atrever-me-ia a dizer que a maioria dos jovens esquece o "recado" no minuto seguinte. Alguns, mais distraídos, nem o chegarão a ouvir e os mais rebeldes até confundem a normal preocupação dos pais com bisbilhotice, autoritarismo ou repressão. Pois a mim calhou-me na rifa 2 exemplares desta última espécie !!!

O meu caçula ausenta-se com alguma frequência e salvo raras excepções, a frase que espero ansiosa por ouvir ou ler no telélé só acaba por chegar "embrulhada" na trouxa com que regressa a casa.

E dotada de maior ou menor capacidade de auto-controlo, possuindo mais ou menos "penugem" , mãe sofre ...



domingo, agosto 23, 2009

Figos do meu quintal

A figueira todos os anos carrega duas vezes e todos os anos é a mesma coisa: Ninguém os aproveita. Em casa dos mais pais havia figueiras de várias qualidades e quando era pequena sabiam-me bem, mas agora é fruta que dispenso.

Hoje apanhei alguns para amanhã levar para os meus pupilos lá da chafarica. Veremos se desaparecem tão depressa como por exemplo os biscoitos eheheh



Algumas propriedades do figo Aqui


quarta-feira, agosto 19, 2009

Duas resistentes




Das várias espécies de "dálias" que já tive e que por esta altura costumam abundar no meu canteiro, esta é das minhas preferidas, apesar de ser bastante vulgar. Chamo-lhe "dália dos canudinhos".







Igualmente isolada mas apesar disso viçosa, é esta bonita rosa amarela, última aquisição do meu manel que acumula a função de jardineiro à de hortelão eheheh

Como a minha rua é pouco movimentada e este ano os Amigos quase não me têm visitado, mudei-as para aqui para as abrigar do calor excessivo e assim poderão ser admiradas por quem aqui passa eheheh

sábado, agosto 15, 2009

ExpoMalveira2009



Ainda a propósito de Festas e Tradições, lembro a ExpoMalveira, que está a decorrer aqui pertinho de mim e termina já amanhã. Todos os anos atrai milhares de visitantes oriundos dos vários pontos do país e é à noite que ganha mais animação.

Apesar de morar a 2 passos, não tenho por hábito visitar o certame. Apenas há uns anos atrás acompanhei o Luis, filho dos padrinhos que adora cavalos e quis visitar a exposição dos belos exemplares portugueses.

Hoje decidi aproveitar a hora a que supostamente o pessoal recuperava energias perdidas na véspera e calmamente eu e o meum manel demos uma breve volta ao recinto, onde estão representadas as principais actividades da região e as tradições ligadas à Malveira.

















Mais logo, pelas 21,30 horas será a tãqo esperada grande final "miss Mafra" que será eleita de entre as finalistas das 17 freguesias do Concelho.














O mês de Agosto é por excelência o mês das festas e tradições portuguesas e de norte a sul do país vêem-se cartazes anunciando eventos e expondo mostras do muito que ainda se vai fazendo em cada cantinho deste nosso Portugal.