Farta de estar fechada na toca, decidi que precisava de uns extras em casa! Ia decidida a abrir os cordões à bolsa e adquirir umas coisas no corredor dos téxteis duma grande superfície próxima.
A minha distracção era tal, que só não bati literalmente com o nariz na porta, porque a dita não existe ... o parque subterrâneo é de entrada livre! E nem o facto de estar vazio me chamou a atenção. Era bem capaz de me ter dirigido para as filas de carrinhos de compras e continuar, se um senhor, o motorista do único carro, além do meu, estacionado no parque, não me tivesse alertado.
Ora, eu sabia lá qual o horário em vigor ... nunca me lembro de ter encontrado estes estabelecimentos encerrados eheheheh
Mas não tenho motivos para reclamar! Acabei por poupar dinheiro e ainda ganhei um pequenino passeio (bem, não saí do carro, mas pelo menos deu para arejar e ver as sempre floridas árvores que ladeiam a avenida principal de Mafra eheheh)
domingo, março 29, 2009
sábado, março 28, 2009
pausa ...
Calma!!! Refiro-me a uma pausa nos afazeres domésticos, não na blogosfera! E esta já é a segunda. A primeira, curtíssima ocorreu no período pós almoço e durou uns escassos minutos, apenas o tempo necessário para engolir um coffee enquanto ia dando uma espiadinha aos novos temas da vizinhança.
Como cidadã do mundo, obviamente preocupada com o planeta, devia fazer uma 3ª pausa daqui a exactamente 2 horas e 10 minutos, aderindo ao movimento internacional anti-aquecimento global, a chamada Earth Hour.
E para ser sincera, depois desta labuta, saber-me-ia bem ficar muito quietinha no escuro, mas já tentei ligar o PC a uma vela que sobrou da ceia de Natal e não resultou e o mesmo aconteceu com a TV.
Depois, bem feitas as contas, julgo já ter direito a permitir-me um pequenito prazer ... o de me esparramar no sofá a ver um bom filme, não acham?
A faina recomeça amanhã ...
Como cidadã do mundo, obviamente preocupada com o planeta, devia fazer uma 3ª pausa daqui a exactamente 2 horas e 10 minutos, aderindo ao movimento internacional anti-aquecimento global, a chamada Earth Hour.
E para ser sincera, depois desta labuta, saber-me-ia bem ficar muito quietinha no escuro, mas já tentei ligar o PC a uma vela que sobrou da ceia de Natal e não resultou e o mesmo aconteceu com a TV.
Depois, bem feitas as contas, julgo já ter direito a permitir-me um pequenito prazer ... o de me esparramar no sofá a ver um bom filme, não acham?
A faina recomeça amanhã ...
quarta-feira, março 25, 2009
Eles também nos mimam eheheh
Como já por diversas vezes aqui falei dos nossos dotes culinários e de como tanto eu, como a nina africana, adoçamos a boca aos nossos "pupilos" aqui da chafarica, com lanches enriquecidos com bolas de carne, pasteis, tartes e outras especialidades por nós confeccionadas, é justo referir que deles também recebemos, de vez em quando, alguns miminhos eheheh
E desta vez foi o Chefe da sala que, na sequência duma viagem em serviço à Alemanha, onde permaneceu uma semana, à chegado nos presenteou com umas caixinhas destes deliciosos "mini pralinés da LINDT."
Além dos bombons, cada um de nós, teve ainda direito a uma pequena ... esta garrafinha de licor que vai direitinha para a minha "vitrine", onde já guardo outras miniaturas idênticas.
Bem, no que respeita aos bombons, posso afirmar-vos que são deliciosos!!! Torna-se até um suplício resistir aos que restam e que para mal dos meus pecados, devem estar bem geladinhos, já que se se encontram guardados no frigorífico, aqui mesmo atrás de mim eheheh
E desta vez foi o Chefe da sala que, na sequência duma viagem em serviço à Alemanha, onde permaneceu uma semana, à chegado nos presenteou com umas caixinhas destes deliciosos "mini pralinés da LINDT."
Além dos bombons, cada um de nós, teve ainda direito a uma pequena ... esta garrafinha de licor que vai direitinha para a minha "vitrine", onde já guardo outras miniaturas idênticas.
Bem, no que respeita aos bombons, posso afirmar-vos que são deliciosos!!! Torna-se até um suplício resistir aos que restam e que para mal dos meus pecados, devem estar bem geladinhos, já que se se encontram guardados no frigorífico, aqui mesmo atrás de mim eheheh
sexta-feira, março 20, 2009
Divulgando Camilo Pessanha
Anteontem, passando por acaso na estação de Entrecampos do Metropolitado de Lisboa, descobri uma pequena feira do livro que ali decorre e que segundo me informei se prolongará até ao fim do mês.
Dei uma vista de olhos ao espaço repleto de obras, cujos preços me pareceram bem acessíveis e acabei por comprar este livro que acho muito interessante.
Confesso que desconhecia por completo Camilo Pessanha, mas fiquei fascinada mal li as primeiras páginas, o que me levou a querer saber mais um pouco sobre este Poeta Portugês.
Biografia de Camilo Pessana
Poema
Floriram por engano as rosas bravas
No inverno: veio o vento desfolhá-las...
Em que cismas, meu bem? Porque me calas
As vozes com que há pouco me enganavas?
Castelos doidos! Tão cedo caístes!...
Onde vamos, alheio o pensamento,
De mãos dadas? Teus olhos, que um momento
Perscrutaram nos meus, como vão tristes!
E sobre nós cai nupcial a neve,
Surda, em triunfo, pétalas, de leve
Juncando o chão, na acrópole de gelos...
Em redor do teu vulto é como um véu!
Quem as esparze _quanta flor! _do céu,
Sobre nós dois, sobre os nossos cabelos?
Camilo Pessanha, in 'Clepsidra'
quarta-feira, março 18, 2009
Este ano floriram mais tarde
sexta-feira, março 13, 2009
Se eu mandasse ...
Devido ao facto da minha actividade profissional obrigar a um contacto diário com o lado mais negro e podre da sociedade, sempre evitei abordar aqui assuntos sérios, privilegiando os temas divertidos ciente de que nada melhor do que uma gargalhada para aliviar a carga emocional acumulada.
Porém, à semelhança do que tem sido feito na rubrica do programa "nós por cá" exibido diariamente na SIC, e porque, com grande pena minha, não terei a sorte de ser inquirida na rua sobre o assunto, hoje apetece-me lançar aqui o mesmo desafio:
Hipoteticamente falando, claro, vamos imaginar que nos era dada a oportunidade de mandarmos no país, sem restrições de qualquer ordem, durante um curto período.
Quais seriam as vossas 10 medidas prioritárias???
Passo a enumerar as minhas:
1ª -- Criaria um novo modelo de democracia para Portugal
2ª -- Reduziria os Elementos na Assembleia da República a 60 deputados
3ª -- Extinguiria 70% dos cargos dirigentes/chefia da administração pública
4ª -- Fixaria o vencimento máximo do Chefe de Estado em 10.000€ *
5ª -- Cancelaria as reformas vitalícias ***
6ª -- Estabeleceria limites nos lucros de empresas de Serviços Públicos **
7ª -- Saúde, ensino, justiça iguais e gratuitos para todos
8ª -- Proibiria terminantemente o duplo emprego
9ª -- Investiria na fiscalização e no cumprimento das normas legais
10ª --Recolhia e destruiria todas as armas (excepto as das autoridades)
(*) ---- sem mais mordomias e ninguém ganharia mais
(**) --- excedendo o lucro, impunha-se baixa do custo do serviço
(***) -- carga horária e tempo de serviço = para todos os trabalhadores
Porém, à semelhança do que tem sido feito na rubrica do programa "nós por cá" exibido diariamente na SIC, e porque, com grande pena minha, não terei a sorte de ser inquirida na rua sobre o assunto, hoje apetece-me lançar aqui o mesmo desafio:
Hipoteticamente falando, claro, vamos imaginar que nos era dada a oportunidade de mandarmos no país, sem restrições de qualquer ordem, durante um curto período.
Quais seriam as vossas 10 medidas prioritárias???
Passo a enumerar as minhas:
1ª -- Criaria um novo modelo de democracia para Portugal
2ª -- Reduziria os Elementos na Assembleia da República a 60 deputados
3ª -- Extinguiria 70% dos cargos dirigentes/chefia da administração pública
4ª -- Fixaria o vencimento máximo do Chefe de Estado em 10.000€ *
5ª -- Cancelaria as reformas vitalícias ***
6ª -- Estabeleceria limites nos lucros de empresas de Serviços Públicos **
7ª -- Saúde, ensino, justiça iguais e gratuitos para todos
8ª -- Proibiria terminantemente o duplo emprego
9ª -- Investiria na fiscalização e no cumprimento das normas legais
10ª --Recolhia e destruiria todas as armas (excepto as das autoridades)
(*) ---- sem mais mordomias e ninguém ganharia mais
(**) --- excedendo o lucro, impunha-se baixa do custo do serviço
(***) -- carga horária e tempo de serviço = para todos os trabalhadores
domingo, março 08, 2009
É sempre assim ...
Embora não dê a menor importância nem concorde com a prática de confinar a um único dia aquilo que considero ser nosso direito o ano inteiro, bem podia ter seguido a sugestão da Laura e mandado os afazeres domésticos às urtigas ... com ou sem o manel, saía de casa bem cedo, ia até à Ericeira sentir o cheirinho do mar, almoçava à beira mar e regressava à tardinha. Decerto o trabalho não azedaria eheheh
Pois em vez disso, foi um Domingo exactamente igual a todos os outros. Apesar de ter os filhotes ausentes, andei num virote o tempo todo, pois o trabalho duma dona de casa não acaba nunca!
E como se não bastasse, hoje deu-me para fazer uma bola de carnes e uma tarte de maçã e nozes para amanhã levar aos meus colegas e que vinha a adiar há algum tempo ... esses sim, vão ter uma boa razão para festejar, ainda que com algum atraso, o "Dia Internacional da Mulher" (opps! queria dizer da lacaia eheheh)
Aproveito a ocasião para deixar aqui uma foto do aspecto actual do meu canteiro ... hoje, excepcionalmente, deixo cada mulher colher uma frésia eheheh
Pois em vez disso, foi um Domingo exactamente igual a todos os outros. Apesar de ter os filhotes ausentes, andei num virote o tempo todo, pois o trabalho duma dona de casa não acaba nunca!
E como se não bastasse, hoje deu-me para fazer uma bola de carnes e uma tarte de maçã e nozes para amanhã levar aos meus colegas e que vinha a adiar há algum tempo ... esses sim, vão ter uma boa razão para festejar, ainda que com algum atraso, o "Dia Internacional da Mulher" (opps! queria dizer da lacaia eheheh)
Aproveito a ocasião para deixar aqui uma foto do aspecto actual do meu canteiro ... hoje, excepcionalmente, deixo cada mulher colher uma frésia eheheh
terça-feira, março 03, 2009
O mistério das pétalas invertidas
Já lá vão muitos anos ... cerca de 25!
Sempre tive uma certa vocação para praticar marotices e geralmente eram bem aceites, dado que me limitava a brincadeiras sem prejuízo para ninguém. Mas houve pelo menos uma vez em que me excedi e hoje lastimo que só tarde demais me tenha apercebido.
No departamento onde sempre trabalhei, havia um gabinete onde na época (1978) trabalhavam apenas 2 técnicas superiores. Uma bióloga, desempenhando funções de chefia e a outra preparadora técnica. Eram amigas desde o tempo da faculdade e davam-se muito bem, aliás ao contrário de hoje, reinava um ambiente saudável em todo o departamento.
Trabalhando eu no Sector administrativo, era frequente deslocar-me aos vários gabinetes para tratar de assuntos de trabalho, encontrando-os por vezes vazios, facto que neste era sistemático, o que me irritava solenemente.
À entrada do gabinete havia uma estante e numa das prateleiras, entre frascos e molduras, destacava-se um solitário contendo uma bonita rosa de pétalas em seda num tom amarelo dourado, pertença da chefe de divisão.
Sempre que abria a porta e não via ninguém, sentia um diabinho sopravar-me ao ouvido e num ímpeto incontrolável as sedosas pétalas da flor eram viradas ao contrário (invertidas), conferindo-lhe um aspecto de "rosa murcha". Dava meia meia volta e regressava ao meu lugar, voltando mais tarde.
Cheguei a repetir o gesto várias vezes ao dia, durante meses a fio. Lembro-me que estranhava que ela rapidamente recuperasse a sua forma normal, mas nunca me apercebi de nenhum comentário, nem fui questionada sobre o assunto, pelo que não perdia tempo a pensar no caso. Aquilo acabou por se tornar quase instintivo, maquinal ... abre porta, ninguém na sala, inverte pétalas, fecha porta, regressa ao pt, assunto esquecido eheheh
Alguns anos depois a Drª Fátima adoeceu gravemente e em menos de um ano faleceu, causando grande consternação a todos nós, pois era uma colega muito divertida e de quem facilmente se gostava.
Foi num momento em que a recordávamos na sala de chá que partilhávamos, que soube que durante todo aquele tempo, a Chefe acusara a colega e amiga de lhe fazer aquela crueldade à rosa, chegando mesmo a ficar de "candeias às avessas" durante dias, com a chefe convencida de que só podia ser ela uma vez que mais ninguém ali trabalhava e a acusada, negando sentida.
Confesso que me senti culpada! Não achei muita graça que a minha colega Alex tivesse tido conhecimento das consecutivas zangas e nunca tivesse comentado o facto comigo, já que sempre suspeitou que era eu a autora da brincadeira.
Enfim, como já era um pouco tarde para me redimir junto da injustamente acusada, achei que de nada serviria denunciar-me confessando o "crime à dona da rosa.
Mas ainda hoje, quando me lembro, sinto um peso na consciência e aponto-me o dedo:
- Pascoalita, estás em pecado mortal!!! Reza já um Pai Nosso pela alma da Drª Fátima.
Sempre tive uma certa vocação para praticar marotices e geralmente eram bem aceites, dado que me limitava a brincadeiras sem prejuízo para ninguém. Mas houve pelo menos uma vez em que me excedi e hoje lastimo que só tarde demais me tenha apercebido.
No departamento onde sempre trabalhei, havia um gabinete onde na época (1978) trabalhavam apenas 2 técnicas superiores. Uma bióloga, desempenhando funções de chefia e a outra preparadora técnica. Eram amigas desde o tempo da faculdade e davam-se muito bem, aliás ao contrário de hoje, reinava um ambiente saudável em todo o departamento.
Trabalhando eu no Sector administrativo, era frequente deslocar-me aos vários gabinetes para tratar de assuntos de trabalho, encontrando-os por vezes vazios, facto que neste era sistemático, o que me irritava solenemente.
À entrada do gabinete havia uma estante e numa das prateleiras, entre frascos e molduras, destacava-se um solitário contendo uma bonita rosa de pétalas em seda num tom amarelo dourado, pertença da chefe de divisão.
Sempre que abria a porta e não via ninguém, sentia um diabinho sopravar-me ao ouvido e num ímpeto incontrolável as sedosas pétalas da flor eram viradas ao contrário (invertidas), conferindo-lhe um aspecto de "rosa murcha". Dava meia meia volta e regressava ao meu lugar, voltando mais tarde.
Cheguei a repetir o gesto várias vezes ao dia, durante meses a fio. Lembro-me que estranhava que ela rapidamente recuperasse a sua forma normal, mas nunca me apercebi de nenhum comentário, nem fui questionada sobre o assunto, pelo que não perdia tempo a pensar no caso. Aquilo acabou por se tornar quase instintivo, maquinal ... abre porta, ninguém na sala, inverte pétalas, fecha porta, regressa ao pt, assunto esquecido eheheh
Alguns anos depois a Drª Fátima adoeceu gravemente e em menos de um ano faleceu, causando grande consternação a todos nós, pois era uma colega muito divertida e de quem facilmente se gostava.
Foi num momento em que a recordávamos na sala de chá que partilhávamos, que soube que durante todo aquele tempo, a Chefe acusara a colega e amiga de lhe fazer aquela crueldade à rosa, chegando mesmo a ficar de "candeias às avessas" durante dias, com a chefe convencida de que só podia ser ela uma vez que mais ninguém ali trabalhava e a acusada, negando sentida.
Confesso que me senti culpada! Não achei muita graça que a minha colega Alex tivesse tido conhecimento das consecutivas zangas e nunca tivesse comentado o facto comigo, já que sempre suspeitou que era eu a autora da brincadeira.
Enfim, como já era um pouco tarde para me redimir junto da injustamente acusada, achei que de nada serviria denunciar-me confessando o "crime à dona da rosa.
Mas ainda hoje, quando me lembro, sinto um peso na consciência e aponto-me o dedo:
- Pascoalita, estás em pecado mortal!!! Reza já um Pai Nosso pela alma da Drª Fátima.
Subscrever:
Mensagens (Atom)