Mudam-se os tempos ...
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
(Luis Vaz de Camões)
Ao desconcerto do Mundo
Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado:
Assim que só para mim
Anda o mundo concertado.
(Luis Vaz de Camões)
Reflexão: Ao ler alguns dos seus poemas, ocorreu-me este pensamento: O que escreveria hoje Camões?
5 comentários:
Nem queiras saber pascoalita, nem queiras saber.......porque se ele estive cá hoje nem reconheceria o país que tanto declamou além mar!!!!!!!
Bem, nina, para nós o mundo ainda anda muito desaparafusado e desacertado...Coitado do Camões se vivesse aqui e agora...
Escreveria de outra forma, decerto..mas a cada coisa o seu tempo.. Ji a ti , d emim...
Nina tens ai o remédio..aquela bicicleta que compraste não era para exercitar o pernão? bora pra lá, abre a janela fecha os olhos e pedala por ai, ai quem me dera ter companhia e iria a pedalar pelos passeios à volta do meu quarteirão...mas..sózinha?...
Pois ... também há coisas que deixo por fazer por falta de companhia ahahahahah ahahahahahahahahah
A bicicleta está muito arrumadinha no "quarto/ginásio" (fica lá tão bem ahahahahah) agora estou mais virada para outro tipo de exercícios ahahah
hoje, enqto na tv era transmitido o jogo Portugal/República Checa, eu fui treinando os exercícios que fiz de manhã ahahahah
O que escreveria Camões
Mudam-se os tempos, mudam os comilões,
Muda-se o ser, anda tudo na passa;
Diz um presidente que hoje é o Dia da Raça,
E não das Comunidades e de Camões.
Continuamente vemos patos bravos,
Diferentes em tudo até na lembrança;
Enchem as bocas e a volumosa pança,
E dão “emprego” aos novos escravos.
O tempo cobre o chão de espanto,
Que já coberto de sol e vida,
E em mim converte em choro o doce canto.
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