terça-feira, julho 28, 2009

Na impossibilidade de ir à horta ...



Sabemos a importância que o cultivo das terras tem para aqueles que viram no trabalho do campo o seu único sustento ao longo da vida e não deve ser nada fácil após várias décadas, verem-se privadas do contacto com a terra.

Por outro lado, a horta tem vindo a ganhar importância, até existindo actualmente campanhas de incentivo às comunidades no sentido do cultivo de produtos hortícolas para consumo próprio, e não me espantarei se um dia começarem a "nascer" pequenas hortas nas varandas e na zona central das avenidas dos grandes meios urbanos.

Numa breve visita que fiz a terras beirãs, achei imensa graça a estes 2 exemplares (uma cerejeira e uma couve galega) que entre pedras da calçada de granito se agarram à vida, com a preciosa ajuda da tia Adelaide que, impossibilitada de continuar a explorar a horta devido ao peso dos seus 85 anos, mantém assim a proximidade com a terra.

E para quem pensa que esta árvore tem um papel meramente decorativo, esclareço que foi cuidadosamente submetida a 2 enxertos, tendo produzido cerejas de boa qualidades que fizeram a delícia da dona eheheheh


18 comentários:

MissEsfinge disse...

Uma horta capaz a fazer concorrência à da 1ª Dama dos EU eheheh

Cusca Endiabrada disse...

Gosto de recejas!

A propósito, tenho de fazer uma visita ao vovô João ... não é agora o tempo delas? Opps! calhar já não vou a tempo :(

Mexicano Tarado disse...

E o meu tio que tem um solo rico e super fértil na zona de Loures, há anos que tenta que a cerejeira dele lhe dê ao menos uma cereja para amostra

:) :) :)

Laura disse...

É assim que se faz, a senhora sente que tem algo por onde olhar e trabalhar um tico e no que vai colher e o caldo verde que vai fazer..girissimo e bem podem aproveitar terrenos por ai..beijinhos.

Susana Falhas disse...

Pascoalita: Se achaste piada a essa couvita plantada junto às escadas de casa...então tinha que ver onde a minha querida avozinha semeava as delas: serviam de "passeio" ao longo do caminho de entrada para a casa,com se fossem arbustros ou plantas de jardim. Curiosos, não é? Acho que ela pensava como a tua tia: para não ter que caminhar muito à horta, tinha as couves à porta de casa, prontinhas para colher e fazer a sua sopita nas panelas de ferro...

Parisiense disse...

Aqui na terriola onde vivo também se encontra muitas vezes em caminhos couves assim nascidas junto ao alcatrão.....e eu acho muita piada.

Mas o carinho que as pessoas das aldeias e vilas tem ainda pela agricultura é muito forte.
E nada me enerva mais que ver pessoas que vem das grandes cidades e destroem as arvores de fruto que se encontram junto á estrada arrancando rancas para comer as cerejas ou as ameixas ou castanhas.
Quando vejo a fazer isso paro e ameaço em chamar a GNR.
Não é pelo que comem, mas pelo que estragam.
Não respeitam o trabalho que está por vezes por tras dessas culturas.

Mas ainda bem que foste á aldeia.....é sempre bom voltar as n/raizes.

Beijokitas

Conversa Inútil de Roderick disse...

Hmmmmmmmmmmmmmm. Cerejas!!!

L.S. Alves disse...

As pessoas se viram como podem. Domingo agora saboreei deliciosas couves refogadas com bacon. De onde vieram as couves? Da horta da minha esposa. Colheu-as, refogou-as e serviu em menos de uma hora. Dá pra ser mais frescas do que isso?
Um abraço moça e boas colheitas para o teu hortelão.

Zé do Cão disse...

Pascoalita.

Enquanto andavas a passear por terras beirãs, o teu nabal murchava a olhos vistos.
Então dando tu, tanta apreço à horta, não é que o teu hortelão se esqueces-te de ligar a rega automática!
Balha-me Deus. A ideia das pequenas culturas na varanda, seria original. Todavia posso dizer-te que o "Corvo" durante o ser reinado, estimulou os portuguesas a criarem coelhos e galinhas nas varandas dos prédios.
Em tempo de miséria tudo serve para criar alguma coisa para a barriguinha que não se compadece...





beijocas

Laura disse...

Só euzinha nã tive sorte, a miuda trouxe tomate cereja da Escócia, para plantar dentro do apartamento, enmd entro nem foram, foram á vida, eu enterrei dois xuxus num vaso enorme, ams que lindas folhas, ja tá a morrer, arre, pouca sorte a minha..beijinhos..

Pascoalita disse...

MisseEsfinge

Aposto que os "legumes portugueses" são bem melhores que os da terra do tio SAM

CuscaEndiabrada

Recejas nunca provei ahahah

MexicanoTarado

Isso não acontece só com o teu tio! Também no meu quintal as cerejeiras se dão mal. Tivemos uma que dava 4 cerejas/ano, mas o meu hortelão tratou de a substituir por um damasqueiro.

Pascoalita disse...

Laura

Mas é uma aldeia história e a Câmara nem queria vasos às portas eheheh

Pascoalita disse...

Susana

Chamei-lhe "Tia Adeleide" mas na verdade é a minha sogra. O que eu me ri quando vi a cerejeira e a couve m tão viçosa eheheheh

Mas essa "alameda" de couves da avó devia ser cómica! Hoje dava uma bonita primeira página de jornal, não achas?

Pascoalita disse...

Parisiense,

Sei do que falas, menina. Já tenho visto "turistas" em grupo fazerem estragos desses.

As minhas visitas à aldeia são sempre assim, mas dá para matar saudades.

Pascoalita disse...

Gostas Roderick?

A minha zona não é tão famosa como o Fundão, mas tem cerejas óptimas. Pena que eu este ano nem as vi eheh

Pascoalita disse...

Exactamente nino Alves

E as pessoas do campo são exímias a improvisar, sabes?

Então quer dizer que também tens uma horta! Melhor dizendo, tens uma "hortelã/cozinheira" ahahah

jinho, nino

Pascoalita disse...

Olá, Zé :)*

Qual rega automática! Já lhe sugeri isso, mas o meu hortelão não gosta de modernices eheheh

Por enquanto não tem sido necessário, mas se quisermos continuar nas passeatas, é uma boa opção, obviamente desde que não se esqueça de a ligar nem o sistema automático avarie, senão ...

Olha, não deve ser assim tão inocente por parte dos governantes a ideia de incentivarem o povo a cultivar a "horta".

Pelo rumo que as coisas levam, é bem capaz de vir aí um período em que até "ratos na brasa" marchem

jinhos

Susana Falhas disse...

Pascoaltia:
Acho que sim. E ainda bem que lembraste! Se for este fim de semana à Mêda irei à quinta tirar fotografias a essas couves( se ainda lá estiverem...se ninguém tocou nelas...desde que a minha querida avozinha se foi...

Bjs Susana