sábado, maio 05, 2007

Diabruras de crianças ...


Atenção!!!
Estória verídica, podendo ferir susceptibilidades!!!

Tinha deixado isto em forma de comentário no Blog "Résteas de Sol", mas a Laurita, achou que devia contar com mais detalhe e aí vai ... uma estória de que não me orgulho mas autêntica:

Na aldeia onde nasci e vivi até pouco mais dos 11 anos, havia uma mulher já bastante idosa, conhecida de todos pela sua dependência do álcool e que depois de alguns tristes episódios, era vigiada pelos filhos e impedida de ter bebidas em casa, assim como lhe estava vedada a compra nos estabelecimentos locais.

Em minha casa fazia-se aguardente de bagaço, de 2 ou 3 graus diferentes, que a minha mãe guardava em garrafões na adega, para venda, e lembro-me perfeitamente do aviso da minha mãe para que na sua ausência não déssemos nem uma pinga à pessoa em questão!

A nossa casa era a última ao cimo da aldeia e a Ti Casimira passava por ali quase diariamente a caminho do souto que ficava no cimo do monte. Era por altura das castanhas. Um dia, lembro-me como se fosse apenas há uns meses, apareceu ao portão a chamar pela minha minha irmã! Trazia um avental cheio de castanhas e em troca pediu um copito de aguardente. A minha irmã que é mais velha do que eu 5 anos, devia ter na altura uns 13 ou 14 anos e lá se deixou subornar eheheh procedeu à troca e pediu-me para manter segredo.

Aquele ritual ao cimo do monte com paragem obrigatória pela nossa casa tornou-se cada vez mais frequente e o nível nos garrafões da aguardente ia baixando. Começou por beber da mais fraca, seguindo-se a de grau intermédio e por fim a Ti Casimira já exigia da mais forte, queixando-se que eram todas muito fraquitas (bem, abro aqui um parêntisis para dizer que a certa altura a minha irmã já lhe juntava água para fazer render o "negócio" eheheh)
Aquilo só acabou no dia em que a minha irmã, farta de ouvir a Ti Casimira queixar-se de que a aguardente era fraquita, decidiu juntar-lhe um pouco de álcool! Parece que estou a ver a cena ... acabou de beber, bateu com a mão no peito, dizendo:
- "Esta sim, é da boa!" Logo a seguir, rodou sobre si própria, deu 1 passo e caiu redonda no chão!!!
A minha irmã, aflitíssima gritava por socorro e eu fugi para casa. 2 vizinhos acorreram e levaram a senhora dentro dum toldo para sua casa.
Quando à tardinha a minha mãe chegou a casa e já informada do ocorrido pelas vizinhas, deu uma tareia à minha irmã e eu ... safei-me à tangente eheheheh

12 comentários:

Laura disse...

Só pode..Ó suas desbravadas, isso fazia-se à senhora, logo vi que havia ali negócio. Maldita troca de castanhas por alcool. Olhem no que deu, Imaginem se a senhora ficava ali no chão...
Mas que coisa, e o que me ri da patifaria, isso nãos e faz minhas meninas.....

Adrianna disse...

eheheh tb digo, laurita :)
Tadita da ti Casmira ahahah
essas duas eram terríveis, endiabradas

Anónimo disse...

Ai, ai que patifarias!
Que puxão de orelhas mereciam estas miúdas!

Ahlka disse...

Xiii..que diabretes! :))
Acho que o pior que fiz foi ir esconder-me num 2º andar com pistola de água, para esguichar quando passasse um velho rezingão lá da zona.
Mas com uma sensação de estar a cometer uma grande asneira mesmo.
Eu sabia a mãe que tinha, um autêntico general... ;)

Pascoalita disse...

Olá, nina Ahlka :) Tão certinha que és, nem isso te tava a ver seres capaz de fazer eheheh

Inda me lembro de outras piores! Um dia conto aqui ehehh

Laura disse...

Pois assim vamos descobrindo as verdades de todas ehhhhhhh.. Eu muita asneira fiz muita chinelada levei, mas no fim, vencia sempre ehhhhh....
Jinhos e boa noite, tô cheia de sono mas tá a dar a novela que devia dar antes das páginas da vida..

Pascoalita disse...

Este escorpião marafado tb se vai enfiar na toca :)
Tenham todos um soninho muito reparador.
Jinhos

Anónimo disse...

Menina! Essas duas eram muito sapecas. Muito engraçada essa história.
.
Mas agora já és mulher séria e não põe mais os outros em apuros?
.
Boa noite de domingo pra ti.

Vou postar como anônimo, pois o Blogger está me sacaneando.

Ass: L.S. Alves

Laura disse...

Alves, tu nem imaginas como ela era e ainda é pior agora que é mais sabida..esta pascoalita é um amor de gente, matreira danadinha para a brincadeira, prega partidas e faz rir meio mundo..

Pascoalita disse...

Bem, sinto-me tentada a colocar aqui uma outra estória que se passou na mesma époco, tb com a minha irmã que, apesar de mais velha 5 anos, era uma mto mais ingénua do que eu!

Mas receio 2 coisas: não ser capaz de criar o cenário de modo a que entendam ou caso contrário, que não aguentem de tanto rir eheheh eheheh eheheheh
Laurita, arrisco???

Anónimo disse...

Pascoalita, como é bom relembramos os tempos da infância. Histórias como esta, nos fazem viajar no tempo. Gostei. Quem não aprontou quando criança? ahahahahahahah

Pascoalita disse...

Olá. meu querido Gilinho :)
Esta estória já tava ali para trás, meia esquecida eheheh
Obrigada pela visita e pelo carinho quase diário
1 beijinho grande