O Carmo entrou para a família há cerca de 15 anos, quando a prima Alcina nos comunicou que haviam decidido "juntar os trapinhos". Exercia na altura a sua actividade profissional no ramo automóvel, embora tivesse experiência noutras áreas.
Numa das primeiras visitas a minha casa, apareceu carregado de pequenos objectos que executava nas horas livres, que depois eram entregues em lojas à consignação, ou por ele vendidos nas feiras directamente ao público. É espantoso como nas suas mãos o mais insignificante objecto tem utilidade e tudo acaba por ser reutilizável!
Quando passou à reforma, por não dispor de um espaço adequado e soube que decidira mudar-se de malas e bagagem para a terra natal da prima Alcina, uma aldeia beirã a mais de 400km de distância da capital, duvidei que o alfacinha se adaptasse e acreditei que a estadia se resumisse a 1 ou 2 meses, até porque a companheira mantém residência e trabalho em Lisboa. Mas a verdade é que decorridos 3 anos, está perfeitamente adaptado e das suas mãos continuam a sair pequenas criações a que eu, brincando, chamo "bugigangas" ahahahah
Desconheço em que altura da vida o primo Carmo descobriu este talento, sei que alguns se manifestam tardiamente. No meu caso, se fui dotada de algum, há anos que aguardo um sinal heheh